Laysa Peixoto: astronauta 'fake' apaga perfil da rede social após negação da NASA

A mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, que anunciou recentemente ser a primeira mulher astronauta brasileira a visitar o espaço, gerou controvérsias ao ter o currículo questionado por agências especiais.

Nesta quarta-feira (12), a brasileira excluiu seu perfil no LinkedIn e emitiu um comunicado à imprensa. A NASA negou ter vínculos com Laysa Peixoto, aumentando as suspeitas sobre as declarações feitas por ela.

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Em seu currículo profissional no LinkedIn, Laysa afirmava ser mestranda em Física Quântica e Computação na Universidade Columbia, em Nova York. No entanto, a prestigiosa instituição americana também se pronunciou e afirmou não ter encontrado registros com o nome da brasileira em seus sistemas acadêmicos.

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A exclusão do perfil profissional ocorreu no mesmo dia em que questionamentos sobre suas qualificações ganharam repercussão na imprensa nacional.

Declaração oficial de Laysa Peixoto

Em nota enviada à imprensa, Laysa Peixoto esclareceu diversos pontos sobre sua trajetória e negou ter afirmado vínculos diretos com a NASA.

Formação Acadêmica

A jovem confirmou ter saído da UFMG em 2023: "Laysa permaneceu na UFMG de 2021 a 2023, quando se transferiu para a Manhattan College (Manhattan University), em Nova Iorque, Estados Unidos".

Participação em Programas da NASA

Sobre sua relação com a agência espacial americana, Laysa explicou ter participado do programa NASA L'Space.

"Durante sua formação, participou do programa NASA L'Space, aberto a jovens estudantes e profissionais da área, com objetivo de aprendizado de propostas tecnológicas para a NASA", informou na nota.

A jovem destacou que nunca afirmou trabalhar para a NASA. "Em um post em 2023 no Instagram, Laysa postou uma foto mostrando o nome do programa e nunca afirmou que trabalhava para a Nasa, mas que liderava equipes no programa L'SPACE".

Treinamento no Alabama

Laysa confirmou ter participado do Advance Space Academy em 2022: "um treinamento que acontece no Marshall Space Flight Center e U.S. Space and Rocket Center, que contou com a presença do Astronauta Larry DeLucas na formatura da Expedição 36 do Advanced Space Academy".

Seleção pela Titans Space

A mineira reafirmou sua seleção pela empresa privada Titans Space.

"Laysa foi selecionada pela Titan Space para se tornar uma astronauta de carreira, atuando em voos espaciais tripulados para estações espaciais PRIVADAS e para futuras missões tripuladas à lua e para Marte".

Conexão indireta com NASA

Na nota, ela esclareceu que a única ligação com a NASA seria o comandante da missão. "O único vínculo indireto do vôo em relação à NASA, é que será comandado pelo astronauta veterano Bill McArthur".

Site da Titans Space "desatualizado"

Laysa justificou sua ausência na lista oficial de astronautas no site da empresa. "No dia 11/06/2025, o site da Titan Space se encontra desatualizado, informação confirmada através do representante da Titans Space, Neal Lachman, que também confirmou a entrada de Laysa na formação da empresa".

Outras conquistas mencionadas

Em sua defesa, a jovem listou diversas conquistas acadêmicas:

• Medalha de Mérito do MCTI pela detecção do Asteroide 2021 PS59;
• Medalha de Prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia (2020-2021);
• Bolsa de estudos para piloto pela empresa VelAir;
• Seleção para encontro da United Nations Foundation em Washington DC (2023);
• Cursos no MIT: Machine Learning, Modeling, and Simulation Principles.

Esclarecimento sobre post no Instagram

Laysa defendeu que sua declaração original foi clara. "Está explícito e claro: Laysa foi selecionada para se tornar astronauta de carreira pela Titans Space, que terá como comandante da missão, Bill McArthur, um astronauta veterano da Nasa - única menção feita sobre a NASA no post".

A jovem também afirmou que o post nunca foi editado e que, até o momento da nota (11/06), não havia concedido entrevistas sobre o assunto.

Limitações para brasileiros na NASA

Na nota, Laysa lembrou uma questão importante: "Vale esclarecer que somente cidadãos americanos podem ser selecionados como astronautas de carreira da NASA".

O caso gerou ampla discussão nas redes sociais sobre verificação de informações e as diferenças entre programas educacionais espaciais e formação oficial de astronautas. A exclusão do perfil no LinkedIn intensificou o debate sobre transparência em credenciais profissionais.