
Fazer parte de uma missão espacial pode ser uma experiência e vontade inesquecível para muita gente. Porém, em muitos casos, é preciso ter qualificação científica internacional.
A mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, chamou atenção nas redes sociais ao anunciar que foi selecionada para integrar o voo inaugural da empresa aeroespacial privada Titans Space. Em postagens que viralizaram, a jovem, natural de Contagem (MG), afirmou que se tornaria “astronauta de carreira” e que havia concluído treinamento na Nasa em 2022.
Entretanto, informações obtidas pelo portal Metrópoles contradizem as declarações da mineira. Procurada pela reportagem, a istração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) negou qualquer vínculo com Laysa. “Essa pessoa não é funcionária da Nasa, pesquisadora principal ou candidata a astronauta. O Programa L’Space é um workshop para estudantes — não é um estágio ou emprego na Nasa. Seria inapropriado alegar afiliação à Nasa como parte dessa oportunidade”, declarou a agência espacial norte-americana.
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Supostas conquistas e contradições
Em suas redes sociais, Laysa afirma ter formação em Física Teórica e Computação Quântica. Também alega ter recebido a Medalha de Honra da Nasa pela descoberta do asteroide 2021 PS59 — reconhecimento que, até o momento, não teve comprovação documental apresentada pela jovem.
Outra conquista destacada por ela é a suposta inclusão na lista Forbes Under 30, na categoria Ciência e Educação, em 2023. Na ocasião, Laysa agradeceu em uma postagem: “Entre conquistas marcantes e lutos silenciosos, decidi que nada poderia me parar, mesmo no ano mais desafiador da minha vida”.
No site da Forbes, Laysa é apresentada como líder de uma equipe responsável pelo desenvolvimento de uma tecnologia para extração de água da superfície lunar.
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Universidades também negam informações
Além da alegada ligação com a Nasa, Laysa afirma ser estudante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e estar cursando mestrado em Física e Computação Quântica na Universidade Columbia, nos Estados Unidos. No entanto, ambas as instituições negam, oficialmente, os vínculos.
A Universidade Columbia informou que “não foi possível localizar nenhuma informação sobre esse indivíduo em nossos registros”. Já a UFMG declarou que Laysa foi desligada da instituição após não realizar matrícula no segundo semestre de 2023, quando cursava Física.
Até o momento, Laysa não se manifestou sobre as alegações da Nasa e da Universidade de Columbia.
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