{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/tuedoide/curiosidades/907352/esqueleto-revela-como-pessoas-com-deficiencias-viviam-na-idade-media-entenda","headline":"Esqueleto revela como pessoas com deficiências viviam na Idade Média; entenda","datePublished":"2025-05-20T17:12:55.75-03:00","dateModified":"2025-05-20T17:12:44.803-03:00","author":{"@type":"Person","name":" Júlia Marques","url":"/tuedoide/curiosidades/907352/esqueleto-revela-como-pessoas-com-deficiencias-viviam-na-idade-media-entenda"},"image":"/img/Artigo-Destaque/900000/imagemotimizada---2025-05-20T165341198_00907352_0_.jpg?xid=3058543","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Descoberta de esqueleto na Suécia revela cuidados médicos a homem com deficiência na Idade Média, desafiando visões sobre tratamento social e religioso.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Um esqueleto descoberto no sul da Su\\u0026#233;cia est\\u0026#225; desafiando antigas suposi\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre a forma como pessoas com defici\\u0026#234;ncia eram tratadas na Idade M\\u0026#233;dia. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;De acordo com um estudo publicado na revista Open Archaeology, o homem, que viveu entre 1300 e 1536 d.C., recebeu cuidados m\\u0026#233;dicos de longo prazo e foi enterrado em um local de prest\\u0026#237;gio, pr\\u0026#243;ximo \\u0026#224; torre de uma igreja, privil\\u0026#233;gio que era reservado a indiv\\u0026#237;duos de status elevado.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O esqueleto, identificado como “indiv\\u0026#237;duo 2399”, foi encontrado em um cemit\\u0026#233;rio na cidade de Lund. 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Esqueleto revela como pessoas com deficiências viviam na Idade Média; entenda

Estudo mostra que homem do século XIV recebeu tratamento médico e teve enterro de prestígio, desafiando estigmas da época

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Imagem ilustrativa da notícia Esqueleto revela como pessoas com deficiências viviam na Idade Média; entenda camera Descoberta revela que quem tinha deficiência podia receber cuidados de longo prazo e ser enterrado como uma pessoa de destaque. | Blair Nolan et.al

Um esqueleto descoberto no sul da Suécia está desafiando antigas suposições sobre a forma como pessoas com deficiência eram tratadas na Idade Média.

De acordo com um estudo publicado na revista Open Archaeology, o homem, que viveu entre 1300 e 1536 d.C., recebeu cuidados médicos de longo prazo e foi enterrado em um local de prestígio, próximo à torre de uma igreja, privilégio que era reservado a indivíduos de status elevado.

O esqueleto, identificado como “indivíduo 2399”, foi encontrado em um cemitério na cidade de Lund. A análise osteológica aponta que ele sofreu, por volta dos 20 anos, uma fratura grave no fêmur esquerdo, que o deixou com mobilidade reduzida.

Segundo os pesquisadores, a lesão pode ter sido causada por um acidente de trabalho, como o impacto de uma pedra ou o coice de um cavalo. A fratura comprometeu permanentemente a capacidade do homem de andar, exigindo o uso de muletas ou algum tipo de apoio.

Apesar da deficiência física, o homem recebeu tratamento médico, o que inclui o uso de pomadas à base de lavanda, ópio e álcool para aliviar dores, além de procedimentos para tratar uma inflamação óssea, como drenagem de pus e curativos regulares.

A conclusão foi possível graças a uma abordagem inédita feita pelos pesquisadores, que combinaram modelagem 3D com técnicas osteológicas e a análise de registros históricos digitalizados.

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O estudo também revelou uma nova visão sobre o contexto social e religioso em que viveu o indivíduo. Na Idade Média, pessoas com deficiência eram frequentemente vistas sob a ótica da punição divina ou do pecado e algumas leis da época previam mutilações como penalidade criminal, o que reforçava a associação entre deficiência e desvio moral.

No entanto, os mesmos códigos religiosos também promoviam ações de caridade. Mosteiros atuavam como centros de cuidados e distribuição de esmolas, prestando assistência a pessoas com enfermidades ou deficiências.

Dessa forma, a condição física do indivíduo 2399 mostrou o homem não foi impedido de receber tratamento contínuo nem o privou de reconhecimento social. O local onde o homem foi enterrado reforça essa hipótese.

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Na época, quanto mais próximo do altar ou das fundações da igreja o corpo era sepultado, maior era o status do falecido. O homem foi colocado sobre as pedras da base da torre da igreja, um sinal claro de prestígio.

Para os autores do estudo, o caso evidencia que a percepção da deficiência na Idade Média era mais complexa do que se pensava. “Deduzir normas sociais relativas à deficiência física e à incapacidade a partir de textos religiosos e jurídicos é difícil porque apresenta uma perspectiva idealizada”, afirma Blair Nolan, pesquisadora da Universidade de Lund. "Podemos enriquecer nossa compreensão da deficiência e da identidade por meio de análises osteológicas e arqueológicas detalhadas".

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